terça-feira, 10 de junho de 2014

Pedagogia do Gado – Alimento e Matéria-prima


No último post falei sobre o que considero ser o coração humano, fazendo uma comparação com uma nascente de água que pode gerar um rio limpo, forte e útil se não for contaminada, bloqueada e/ou isolada. Também tratei do desejo do Gênio do Mal de fazer com que percamos cada vez mais da nossa humanidade, nos tornando gado para seus propósitos. Neste sentido, um dos principais instrumentos para a desumanização é a pseudo-educação, que vem contaminando, trancando e enjaulando nossos corações enquanto nos força em seus moldes, enfatizando o que considera útil e matando o que nos tornaria humanos plenos.
Como disse ao final do texto, tenho consciência de que a expressão “gado” aplicada a pessoas pode parecer muito forte e causar um sentimento de repulsa em alguns, mas é exatamente essa a reação que devemos ter com relação a esse tema, pois ser gado-humano é uma situação realmente repugnante, degradante e revoltante. Conforme entendemos mais dos propósitos do Gênio do Mal para nós e nossos filhos, devemos ter náuseas de indignação e transformar esse mal-estar em motivação para lutarmos contra a cosmovisão maligna que nos cerca e vem prendendo a humanidade através dos séculos.
Passemos, então, a explicitar e analisar o que o Gênio do Mal tem preparado para nós enquanto seu gado-humano. Para tanto, iremos dividir a discussão conforme as três funções básicas do gado, a saber:
  • Alimento/matéria-prima;
  • Força de trabalho;
  • Sacrifício.
Citei essas funções nefastas no texto anterior e, a partir de agora, irei explicar mais detalhadamente como essas analogias se aplicam a nós. Mas, antes de começar, gostaria de lembrar que estou utilizando muitas figuras, simbologias e parábolas. Neste sentido, o objetivo dos meus textos é didático, mas sua forma é mais poética do que científica. Preciso dizer isso para que fique BEM claro que não estou escrevendo em caráter definitivo, nem esperando que as analogias que utilizo sejam perfeitas/completas quanto ao seu sentido. Do fundo do meu coração espero que todos vocês, leitores, entendam isso, pois não quero que hajam mal-entendidos nem discussões desnecessárias. Espero que haja diálogos e debates sobre os TEMAS que estou apresentando, e não sobre DETALHES ou aspectos insignificantes e superficiais dos símbolos/figuras que estou utilizando.
Dito isto, passemos a analisar a primeira função que se dá ao gado-humano:

1. Alimento/Matéria-prima
Quando nos alimentamos, ingerimos comidas e bebidas que irão ser decompostas em elementos que podem ser assimilados por nosso organismo. Os nutrientes vão para nossas células, tecidos, órgãos, etc, passando a fazer parte deles. Já aquelas partes do alimento que não podem ser decompostas e/ou não podem ser assimiladas por nossos corpos devido sua natureza ou por algum tipo de contaminação são eliminadas como detrito (fezes ou urina).
De forma análoga, a matéria-prima é o material que utilizamos para a criação de um bem útil. Neste sentido, a matéria bruta é trabalhada, purificada e modificada conforme a necessidade para passar a fazer parte de um objeto que desejamos. As partes ou elementos da matéria-prima que não podem ou não devem ser trabalhadas são descartadas como refugo.
Creio não ser necessário explicar que, quando falamos em gado, nos referimos a um tipo de animal que é utilizado tanto para alimento (carne e leite) quanto para matéria-prima (couro, chifres, ossos, etc.). Entretanto, é óbvio que, quando afirmo que somos reduzidos à condição de gado-humano para sermos utilizados como alimento e matéria-prima, não estou falando literalmente. Minha intenção é utilizar essa alegoria para afirmar que somos processados, decompostos, assimilados e, em alguns casos, eliminados como esterco. Esse é um processo social que pode ocorrer através de vários mecanismos, mas, especialmente, vem através da pseudo-educação.
Para deixar mais claro, preciso voltar a falar do Gênio do Mal e descrever um aspecto bastante perturbador dessa entidade... Ele não possui um corpo físico. É impossível você ir até um lugar e dizer “ali está ele!”. Ele não possui forma definida, nem aparência específica, pois não é um ser humano, nem um animal, nem qualquer criatura física como conhecemos. Sua natureza é outra, e sua dimensão é diferente da nossa. Dessa forma, esse conjunto de ideias, pensamentos, valores e intenções que estamos chamando de “Gênio do Mal” é incorpóreo, mas se manifesta de forma visível e física através dos seres humanos que o carregam em si. Não estou afirmando que os seres humanos são o Gênio do Mal, pois ele é algo muito maior que um mero homem; mas estou afirmando que o conjunto de homens e mulheres que reproduzem a cosmovisão maligna dessa entidade etérea funcionam como as células ou órgãos que formam seu corpo.
Partindo dessa figura, não é difícil compreender que o Gênio do Mal se alimenta de nós na medida em que nos encontramos dentro desse enorme corpo, tendo nossa humanidade digerida e assimilada pela pseudo-educação – ou seja, enquanto achamos que estamos sendo educados, na verdade estamos sendo decompostos, diminuídos a elementos básicos que serão de fácil assimilação. No final, sem perceber, passamos a fazer parte do corpo do Gênio o Mal, sendo membros movidos por um sistema nervoso que não vemos, não entendemos e, na realidade, nem sabemos que existe – e, na realidade, neste ponto nem nos importamos mais, pois nosso coração já está esmagado, soterrado e confinado de forma bastante conveniente.
E o mais assustador é que, após sermos assimilados, passamos a ingerir e digerir outros seres humanos para que também passem a fazer parte da nefasta massa corpórea do gênio do mal. Somos iludidos com a mentira de que estamos lutando por uma educação melhor quando, na verdade, estamos desintegrando os corações das crianças e, consequentemente, sua humanidade. Por mais que elas resistam, eventualmente serão vencidas e assimiladas, e o ciclo irá reiniciar...
Terrível, abominável, repugnante!!!
A boa notícia é esse não é um processo irresistível, nem irreversível. Uma pessoa pode sim lutar contra essa assimilação e decidir não fazer parte desse corpo assombroso. Nós podemos renunciar o Gênio do Mal e nos romper os laços que nos prendem a ele, passando a pensar por nós mesmos e fazer as escolhas certas para resgatar nossos corações e nossa humanidade, bem como proteger outros – principalmente nossas crianças – de passarem pelo terrível processo de digestão pelo qual passamos.
Isso é possível, e está acontecendo. A prova disso é que você está lendo este texto neste momento.
Se você não deseja que seus filhos se tornem alimento para o Gênio do Mal, vá na contramão do ácido da pseudo-educação desintegradora. Não reduza nem decomponha o coração deles, mas os eduque como seres humanos integrais. Não fique dividindo os aspectos que compõem eles, preferindo alguns elementos e diminuindo/eliminando os outros. Não deixe seus filhos serem digeridos! Não os deixem “fácil de engolir” para a sociedade! Permita que seus filhos cresçam e se desenvolvam para se tornarem homens e mulheres integrais.
Isso é maravilhoso, mas não posso deixar de alertar que há um preço a ser pago por aqueles que decidirem não se conformar com seu destino enquanto gado-humano. Se você escolher sacudir o jugo e se libertar, estará fadado a ser considerado refugo, esterco e, como tal, poderá ser eliminado ou excluído da “sociedade comum”. Caso você já seja parte do corpo do Gênio do Mal e vá contra a natureza desse ser, será considerado um câncer para a sociedade, um tumor que precisa ser cirurgicamente retirado ou morto aos poucos através de radiação ou química. Ou você é parte do Gênio do Mal ou é seu inimigo declarado – não há meio termo.
Nesta guerra, neutralidade é rendição...
É uma grande ilusão achar que você pode não se conformar com os propósitos do Gênio do Mal e não ter qualquer oposição. Sempre haverá algum tipo de oposição ou perseguição, pois o resto do corpo irá olhar para você como uma doença. Os outros seres humanos são seus inimigos? Não. Não encaro assim. As pessoas são vitimas, e não vilões. Elas estão hipnotizadas, cegas pela pseudo-educação que lhes foi imposta. O Gênio do Mal é quem controla o sistema nervoso que move a sociedade contra os não-conformistas, portanto, nosso inimigo não é o corpo, mas a mente que move esse corpo.
É uma realidade dura, mas não é algo que deve nos desanimar... Ao contrário! Saiba que, quanto mais você se desligar do Gênio do Mal – e isso é um processo, não ocorre de repente – , mais claro se tornará a outras pessoas que o estado em que elas se encontram não é natural, nem obrigatório, nem inevitável.
Aqueles que lhe perseguem hoje, amanhã poderão lhe seguir, pois sua perseverança em meio à adversidade poderá despertar o coração humano adormecido que ainda resta nos opositores.
Devemos entrar nessa batalha com ânimo redobrado, primeiramente para nosso benefício, em segundo lugar para nossos filhos e, por último, para o bem daqueles que estão cegos, sendo usados como alimento e matéria-prima pelo Gênio do Mal. Afinal, se queremos arrancar eles desse estado catatônico, a arma mais poderosa não será a força, nem o argumento, mas o exemplo.

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